As denúncias de Paulo Marinho contra o Senador Flávio Bolsonaro, ainda no período eleitoral, vão se tornar alvo de investigação por parte do Ministério Público Federal. O Paulo Marinho, que é suplente de Flávio Bolsonaro no senado,afirmou que o senador recebeu informações privilegiadas da Superintendência da Polícia Federal do Rio e que um delegado teria atrasado as investigações para não prejudicar o desempenho de Jair Bolsonaro nas urnas, já que ele concorria a presidência da república naquele ano.
O empresário Paulo Marinho foi um grande apoiador de ambos, Jair e Flávio Bolsonaro, durante o ano de 2018, tendo, inclusive, sua casa usada como local de diversas reuniões estratégicas das campanhas. Agora, no entanto, Marinho se tornou mais um ex-aliado e decidiu abrir o jogo sobre supostos crimes envolvendo o filho 01 do presidente. O empresário será ouvido pela PF e afirmou que tem provas das acusações.
Segundo Marinho, coronel Miguel Braga, chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro, o advogado Victor Alves e Val Meliga, apontada como irmã de dois milicianos, teriam participado de reunião na Praça Mauá, na entrada da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Ali, teria sido vazada informações envolvendo Fabrício Queiroz e sua filha, que haviam sido sinalizados em relatório do COAF. O delegado, segundo Marinho, teria orientado que Flávio demitisse os dois.
Dois meses após a operação Furna da Onça ser deflagrada, um inquérito foi aberto para investigar o possível vazamento de informações sigilosas. O inquérito, no entanto, foi encerrado por falta de evidência. Agora, este mesmo inquérito foi reaberto. Já a investigação por parte do MPF esta sob responsabilidade do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial.
Flávio Bolsonaro é investigado por suposto esquema de rachadinha e foi apontado pelo Ministério Público como chefe de organização criminosa. Flávio nega as acusações e classificou como “desesperada” a ação de Paulo Marinho, ressaltando que o empresário tem interesses políticos em derruba-lo, já que assumiria seu posto no Congresso caso ele fosse impedido de exercer.