Oposição se une em pedido de impeachment enviado a câmara contra Jair Bolsonaro

Para a oposição, há crime de responsabilidade em atos como participar de manifestações, com aglomerações e reivindicações antidemocráticas.

A Câmara dos Deputados tem mais um pedido de Impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro para apreciar. Uma iniciativa coletiva da oposição ao governo protocolou um novo pedido, dessa vez somando forças. Até agora, apenas iniciativas independentes haviam sido feitas, como pessoas e partidos.

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PCO, PCB, UP, PSTU, PSOL, PCdoB e PT, além de outras 400 entidades sociais, como MTST, e Articulação dos Povos Indígenas, assinam o documento. Ao longo do texto, argumenta-se que Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade e ofereceu risco a vida das pessoas. O texto aborda ainda questões de gestão.

Os crimes de responsabilidades estão previstos na Constituição federal de 1988 em seu artigo 85 e também na lei 1.079 de 10 de abril de 1950.

Independente do resultado desse novo pedido de impeachment, o esforço dos 7 partidos em conjunto com as demais entidades de oposição marca um momento histórico, na avaliação de líderes dos partidos. Um movimento semelhante já havia sido observado antes, talvez em menor escala, quando líderes de oposição tiveram a mesma iniciativa contra a então presidente Dilma Rousseff.

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Por parte do Planalto, segundo publicação do Uol, não será comentada a ação. Apesar disso, imagina-se que a notícia do pedido de impeachment assinado por centenas de organizações pode ter causado alguma tensão no governo. Já foram protocoladas dezenas de pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, especialmente depois da pandemia.

Um dos principais motivos de desgaste é justamente a forma como o governo tem conduzido a gestão em meio a crise. Para a oposição, há crime de responsabilidade em atos como participar de manifestações, com aglomerações e reivindicações antidemocráticas. Outro peso contra o governo é a falta de relacionamento com governantes estaduais.

Até apoiadores de longa data romperam com Bolsonaro depois da pandemia, como é o exemplo do governador de Goiás, Roberto Caiado (DEM). Médico, Caiado começou a dar sinais de cisão em embates sobre isolamento social. Enquanto o presidente Bolsonaro era contra, Caiado defendia a medida. Muitos são os exemplos de desgaste.

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