TJMG AUTORIZA O CULTIVO DE MACONHA PARA TRATAMENTO TERAPÊUTICO DE CRIANÇA PORTADORA DE PARALISIA CEREBRAL E SÍNDROME DE WEST

 O Tribunal de Justiça de Minas Gerais autorizou os pais de uma criança portadora de paralisia cerebral e Síndrome de West a cultivarem maconha em sua residência para o seu tratamento.

ANÚNCIOS

Os pais da criança impetraram Habeas Corpus preventivo alegando que a criança é portadora de epilepsia generalizada de difícil controle, necessitando de um salvo-conduto para cultivar Cannabis Sativa, já que  as medicações convencionais utilizados pela criança não foram eficazes para o tratamento quanto foi o óleo extraído da Cannabis.

No HC foi narrado que o portador da doença faz uso do medicamento há 03 anos com permissão da ANVISA, inclusive  em razão do alto custo do óleo  foi ajuizada uma ação para que o Estado de Minas Gerais fornecesse o remédio, entretanto o Estado disponibilizou verba para a compra do fármaco apenas uma vez e o processo de importação é moroso, assim a criança ficaria por vezes sem a medicação.

Diante dessas dificuldades os pais passaram a plantar em casa a cannabis para conseguirem dar continuidade ao tratamento do filho.

ANÚNCIOS

Sabe-se que o cultivo da cannabis é proibido no Brasil e o autor da plantação pode ser enquadrado nas condutas tipificadas na Lei nº 11.343/2006 e este foi um dos fundamentos para impetração do HC preventivo para evitar que sofressem coação ou restrição de liberdade pelas autoridades policiais.

Com base nesses argumentos o magistrado Antônio José Pêcego da 3ª Vara Criminal de Uberlândia concedeu a ordem para o cultivo da planta, exclusivamente, para fins medicinais, destacando que a autorização era apenas para o uso do óleo extraído na cannabis, “sendo vedado o seu consumo qualquer outra forma”.

A partir dessa ordem as autoridades policiais estão proibidos de  efetuarem a prisão do cultivador, bem como não podem apreenderem ou destruírem qualquer materiais relativos a cannabis encontrado na residência do menor.

 

Fontes: Conjur e Imprensa do TJMG.

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.