Investimento de Dona Marisa era de R$26 mil e não R$256 milhões, reconhece Juíz

Na época, os advogados da família Lula negaram a existência desse dinheiro e atribuíram o valor a um erro do juízo. O juiz reconheceu o erro, pois o real valor investido, na verdade, era de R$26 mil, bem inferior aos R$256 milhões anteriormente divulgado.

Novo despacho, enviado pelo juiz Carlos Henrique André Lisboa, da 1ª Vara da Família e das Sucessões de São Bernardo do Campo, reconhece erro em análise que resultou em produção de notícias falsas acerca do patrimônio de Dona Marisa, falecida esposa do ex-presidente Lula da Silva. Em abril deste ano, o juiz Lisboa exigiu que os advogados da família explicassem investimentos de R$256 milhões atribuídos a Dona Marisa.

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Contudo, o juiz reconheceu o erro, pois o real valor investido, na verdade, era de R$26 mil, bem inferior aos R$256 milhões anteriormente divulgado.

Na época, os advogados da família de Lula negaram a existência desse dinheiro e atribuíram o valor a um erro referente a cada valor unitário do certificado com o valor unitário de debêntures (R$ 100 cada) de outra natureza. O patrimônio total de Dona Marisa, segundo seus advogados, era de R$ 1.458.535,49 – somando todas as posses. O erro, ainda segundo os advogados, foi corrigido e ainda assim continuou sendo usado e resultou na produção e compartilhamento de notícias falsas sobre o patrimônio da falecida.

Agora, em novo despacho, o juiz do caso reconheceu o erro. Em publicação do twitter, no entanto, Lula lamentou a falta de um pedido formal de desculpas. Para o ex-presidente, faltou que o juiz se desculpasse publicamente. Da mesma forma, o ex-presidente também cobrou um pedido de desculpas por parte de Eduardo Bolsonaro e Regina Duarte, dois dos aliados do governo Bolsonaro que usaram amplamente a informação falsa.

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No novo despacho, o juiz determina que a família Lula deve entrar com outra ação na Justiça para tratar da produção de notícias falsas, caso haja interesse. A família já havia anunciado anteriormente que entraria na Justiça contra Eduardo Bolsonaro e Regina Duarte. A família alega que houve ataque a memória e honra de Dona Marisa e pede uma retratação pública.

Lembrando que o juiz se manifesta, ou só deveria manifestar-se, nos autos do processo, o que se mostra suficiente para seu novo despacho que reconheceu o erro anterior, não sendo necessário, por parte do juiz, uma retratação público, situação bem diferente do deputado Eduardo Bolsonaro e da Ministra Regina Duarte.

Dona Marisa morreu em 2017, aos 66 anos, depois de ser vítima de um AVC. A ex-primeira dama passou 11 dias internada mas não resistiu. Na época, o então presidente Michel Temer decretou luto por 3 dias.

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